‘casulo’ deve ser a palavra que eu mais tenha falado nos últimos anos.
primeiro, porque eu acho que talvez ela seja minha palavra favorita em português (e a favorita em inglês também: COCOON).
depois, porque eu amo a simbologia que ela carrega,
começando com esse processo transformador que a envolve: ser lagarta pra encasular e daí criar asas pra voar,
mas também por representar essa sensação boa de sentir casa.
e, ainda mais depois, porque foi esse o nome que veio pra esse projeto de vida que eu deixei criar, que é essa produtora de experiências sensoriais que tá me nutrindo tanto @a__casulo

nesse último ano,
eu mesma me coloquei aberta pra sentir cada um desses processos que são tão parte da vida,
de ir pra dentro,
de sair e voar,
e daí introspectar
e depois expandir,
numa dança,
contínua.
de vida morte vida.

observei por alguns meses
um borboletário,
onde as largartas comiam comiam comiam folhas,
daí, dado momento, paravam,
e começavam a criar em volta de si, fio por fio,
uma crisálida de seda,
e pra dentro dela,
iam.
eu ficava pensando era que elas iam mesmo pra dentro de si mesmas.
uns 3, 4 dias,
imóveis, estáveis, nutrindo.
e daí, num nascer,
o casulo se rompia, e elas saiam,
com asas.
amassadas, molhadas.
ficavam ali por boas horas, se acostumando com o novo corpo,
entendendo o novo.
e voavam.

no último casulo, COCOON, fiz um filme pra ser projetado,
como caber toda essa profundeza em um minuto e meio?
@natashajascalevich me sentiu, e subiu as nuvens comigo.

Nat veste @haight_clothing

@olivianachle
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